Reflexões de um tatuador



A profissão de tatuador, como outra qualquer, é imprescindível a reflexão sobre a prática do ofício, pois, assim, estabelece de maneira ética uma conduta moral que serve como eixo que sustenta todo trabalho dessa classe trabalhadora.
É evidente que, como uma prática dentro de um espaço de tempo, a forma como este ofício se coloca hoje, é em função da referência que a cultura, a economia e a política traz como parâmetro para o comportamento do trabalho da profissão de tatuador.  
Cabe ao profissional da arte ter uma postura a partir de um pensamento crítico sobre o contexto histórico da tatuagem, o ambiente atual que este ramo encontra-se e como o mercado da tatuagem movimenta-se para obter uma linha de comportamento que vai de acordo com o que a sociedade, atualmente, considera aceitável e não aceitável em uma conduta profissional, seja ela qual for.
Não se deve esquecer que, para além de um órgão fiscalizador da administração indireta – ANVISA – todos os indivíduos estão sujeitos às leis vigentes, ou seja, todos estão submetidos ao princípio da legalidade e, em se tratando da administração particular, você pode fazer tudo o que a lei não proíbe, já o estado, também submetido a este princípio, só pode fazer o que a lei impõe ou autoriza.
Portanto, o tatuador, mesmo que não se comporte de maneira adequada por força de contrato, como um cidadão comum, ele também está sujeito ao princípio da legalidade, não sendo ele alguém que não precisará responder por quaisquer de seus atos que violem o direito do outro, nesse sentido, este profissional não pode achar que a sua conduta pese menos do que a conduta de outros profissionais em outros ramos de negócio, é preciso, em todo caso, ser um sujeito que busque fazer o seu trabalho dentro de uma perspectiva moral e ética e preze, sempre, por uma conduta ilibada.  

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